quarta-feira, 1 de julho de 2009

Navios de cruzeiro e Cuba. O impacto nos dois lados.

O mundo inteiro comentou recentemente a autorização por parte do governo de Barack Obama da ida de cubano-americanos e seus descendentes a Cuba, bem como a autorização para que empresas norte-americanas realizem negócios com a ilha. Isso logo causou uma grande ida de pessoas, lotando vôos inteiros e gerando no primeiro mês uma demanda de dólares a ilha jamais vista.

O que poucos sabem é que por causa do embargo, diversas companhias de cruzeiro deixam de parar na ilha, por serem de matriz americana, e por sua vez deixam de contratar tripulantes cubanos. Já as que são de matriz européia por sua vez deixaram de contratar cubanos para fazerem parte de sua tripulação, pois foram compradas por companhias americanas.

O caso mais recente deste embargo por parte das companhias foi o da companhia espanhola Pullmantur. Ao ser adquirida pela Royal Caribbean em 2006 a companhia teve que enviar de volta cubanos que eram contratados da companhia, bem como foi obrigada pela sua nova proprietária a deixar de fazer negócios com a ilha, pois a companhia tinha Cuba como um dos pontos de parada em seus cruzeiros no Caribe, bem como tinha Cuba como destino de seus vôos charter através da Pullmantur Air.

Caminho similar teve a Costa Cruzeiros quando foi adquirida pela Carnival Corporation. Seus tripulantes cubanos foram demitidos e Cuba deixou de existir nos roteiros caribenhos da companhia, como se fosse nunca tivesse existido.

A pergunta que fica é a que ponto esse embargo foi benéfico para as
companhias? O que fizeram esses tripulantes cubanos depois de serem mandados de volta para suas casas, já que muitos sabiam trabalhar somente em navios de cruzeiro?

Se depois do governo americano ter autorizado as empresas a realizarem negócios com Cuba, chegou a hora de autorizar os navios de companhia americanas a aportar em Cuba, um país que apesar de estar sob domínio socialista e viver no "passado" possui belezas naturais tal qual seus vizinhos caribenhos, sem contar sua proximidade com Miami, home port dos navios que realizam cruzeiros pelo Caribe. Isso sem dúvida seria uma força para que o país se desenvolvesse mais através do turismo, usando suas belezas e seu povo como mão de obra, e como forma de movimentar a economia local.

Por sua vez isso geraria um aumento de receita as companhias, pois teria um aumento de passageiros, ávidos em conhecer a terra de Fidel e suas belezas, bem como a diversificação em seus roteiros.

Vamos torcer para que um dia isso aconteça.

Fabio Pereira

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